20 de janeiro de 2012

O diário do diabo



Esse foi meu presente de aniversario, adorei já faz muito tempo que vinha namorando esse livro na leitura e já tinha lido boa parte dele, assim que abri no dia 10 dois dias depois tinha acabado de ler. com certeza irei reler ele outras vezes e muito legal e divertido.


Não bastasse gostar de proferir o santo nome em vão, agora o Capeta quer que todos conheçam a sua trajetória infernal ao longo da História. Por isso, entregou o seu Diário para o mercado editorial e aposta ultrapassar as vendas do livro do seu principal concorrente, a Bíblia Sagrada.
As revelações, até as mais perversas, são engraçadíssimas. Para quem aprecia humor negro, o livro é um prato cheio. Até os céticos vão se lembrar de Lúcifer – arcanjo assistente e arrivista assumido – demitido do seu cargo na empresa Céu S.A. antes mesmo da criação do mundo, e que daí em diante fundou sua própria empresa, a Satancorp, com o objetivo de sabotar os projetos do seu ex-chefe, Deus.
Segundo o tradutor do livro, Paulo Schmidt – que afirma ter feito um acordo com o demônio para pegar o serviço – fica claro, também, as ligações do capeta com a família Sarney, entre outros políticos brasileiros.
“Primeiro dia, primeiro mês, ano zero.
Terei uma semana ocupada pela frente, agora que o Todo-Rancoroso decidiu continuar com o seu projeto de “Criação”. Vou procurar me manter atualizado, e confrontar as invenções de Deusão com as minhas. Ele já estava um passo à frente: começou hoje cedo, ante que eu estivesse pronto, e criou a luz. Eu retaliei criando a escuridão, mas isso levou quase o dia todo, e eu precisei parar porque não enxergava nem a ponta do nariz.”
A obra do Príncipe das Trevas é divida em cinco capítulos, de acordo com as cinco épocas do seu reinado. Em cada volume, o Diabo narra suas estripulias e malfeitorias na Terra, que vão da encrenca com Adão e Eva no Paraíso até o aquecimento global, no capítulo “Subindo a Temperatura”.
Parece estranho, mas o Diabo revela que também ama. No sexto dia, sexto mês, ano 1701, ele revela sua paixão por Lilit, sua serva fiel desde o início. Um ano depois nascem os gêmeos do casal, Íncubo e Súcuba. “Nunca me achei um tipo paternal, mas agora vejo os benefícios de uma família grande.” Ele se refere à continuidade do seu legado satânico.
E para quem quiser segui-lo, ele faz questão de informar os seus Desmandamentos, entre os quais se destacam: 1) O Todo-Ponderoso está ficando um beatão: preferirás o Diabo a Ele; 3) Blasfemarás, praguejarás e proferirás xingamentos cabeludos sempre que a coisa ficar preta; 4) Farás uso dos fins de semana para cometeres todos os pecados negligenciados durante a semana; 6) Não deixarás desfeita alguma sem vingança; Considerarás todo furto um “empréstimo indefinido”; 9) Serás econômico com a verdade; 10) Desejarás e cobiçarás a mulher do teu próximo, especialmente se ela tiver um bumbum empinadinho.
O leitor também vai notar que Nicholas D. Satan é bem globalizado. No decorrer do Diário acompanhamos sua influência nos acontecimentos mundiais, e vemos que todos os desastres, catástrofes, equívocos e absurdos — a Crucifixão de Cristo, a Peste Negra, a Inquisição, a Guerra do Iraque, os reality shows, etc. — sempre tiveram um dedo do Diabo, por meio dos agentes dele na Terra, como Nero, Átila o Huno, Torquemada, Rasputin e George W. Bush, entre tantos outros que contribuíram para o sucesso da Satancorp e de seus empreendimentos.
No final do Diário – o último apontamento data do dia 4 de novembro de 2008 – Satanás faz questão de frisar sua grande insatisfação com a eleição de Obama. “Mas com um nome desses, ele não pode ser de todo bom. Como ainda tenho influência na Casa Branca, vou fazer com que Georginho W. deixe o meu cartão sobre a escrivaninha do Salão Oval para o novo menino de ouro. Provavelmente ele apreciará uma ajudinha assim que estiver sentado no assento do piloto”.
Publicado no Brasil pela Geração Editorial, o “Diário do Diabo” é uma obra que só tem reverência para com o riso. O livro expõe de maneira sarcástica como o Bem e o Mal podem ser apenas questão de negócios, e a comprovação de que o Diabo não é tão feio quanto o pintam. Trata-se de um texto leve e divertidíssimo para o leitor que aprecia humor irreverente e sagaz.
Os escolhidos por Nicholas D. Satan
O misterioso professor M. J. Weeks recebeu uma inusitada tarefa: ser o escriba literário do Diabo. Sem hesitar em aceitar o convite, transcreveu a coletânea e procurou conservar-lhe a índole original. O agente do Satanás entregou-lhe as anotações lindamente encardenadas em couro, mas as páginas de pergaminho de corte dourado sofreram danos causados por fogo e por sua extrema velhice.
Para restaurar a obra à sua aparência legítima, foram utilizadas as mais modernas técnicas de tratamento de imagens nos desenhos e apêndices. Para as raras partes incompreensíveis, o professor fez algumas observações que estão entre colchetes. Depois do lançamento, que tem sido um sucesso no mundo inteiro, o Diário do Diabo chega
finalmente ao Brasil, com tradução do escritor Paulo Schmidt.
Em entrevista exclusiva para a Geração Editorial, ele fala que precisou vender sua alma para ter o privilégio de traduzir a obra do Demo. “Por enquanto, não recebi nada em troca, exceto o privilégio de traduzir o Diário, mas ainda tenho esperança de que Mr. Satan vai honrar os termos do contrato e entregar a minha quota ilimitada de riqueza, fama, poder e mulheres”, declara Schmidt.
O tradutor explica ainda que a razão da sua escolha para a tarefa foi ter lançado em 2008 o livro “Jack, o Estripador”; aparentemente, escrever sobre o serial killer mais temido do mundo e um dos principais agentes do Diabo, fez com que este depositasse sua confiança no autor.
Autor: Nicholas D. Satan – Humor

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